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Capítulo 2: Cavaleiros do Zodí­aco - Crônicas de Capricórnio

cadastrado: 2024-11-09 20:51:33
atualizado: 2025-12-06 18:25:36

Grekus está de pé olhando para a janela em uma sala no Santuário na Grécia esperando ser chamado para conversar com Atena e o Grande Mestre, está trajando sua armadura e mesmo sendo um Cavaleiro de Ouro, está nervoso, é assim sempre, quando é necessário falar com Atena. Ele tinha ordens de voltar ao Santuário caso encontrasse alguma armadura, porém, mesmo achando, continuou no Japão devido a possibilidade de encontrar o escolhido, e isso não foi o ordenado. De repente a porta principal-se abre e o guarda o chama:
- Pode entrar Sr. Grekus o mestre vai recebê-lo.

Grekus sorri e responde:
- Obrigado.

Ao entrar, vê o trono principal vazio, porém repara que o mestre está de pé ao lado direito olhando pela grande janela, o guarda sai e fecha a porta, Grekus se aproxima e fica em genuflexão. O grande mestre fala:
- Levanta-se Grekus, ficamos sabendo do resultado da missão, estamos orgulhosos de você, a Rosa dos Ventos deu certo.

Grekus sorri novamente, mas o mestre repreende:
- Porém, cometeu duas desobediências, não manteve contato constante com Kiki e depois que encontrou a armadura, não a trouxe de volta. Você carrega a espada da justiça e não a espada solitária.

Grekus responde:
- Mestre eu...

Nesse instante o Cavaleiro de Capricórnio para de falar, pois a grande porta que está do lado esquerdo se abre e dela surge Atena, Grekus rapidamente volta na posição de genuflexão, Atena está sorrindo e conversando com outra pessoa como se fosse velhas amigas, conversando com Atena está Keiko, já utilizando uma armadura de treino das Amazonas do Santuário. Grekus fica de boca aberta, pois não esperava encontrar Keiko ali, elas se aproximam, o Mestre olha para Atena e faz um movimento positivo, Grekus abaixa a cabeça, Atena balança a cabeça negativamente e diz:
- Levante-se Grekus, já te disse que não gosto dessas cordialidades...

Brincando Saori pergunta:
- Já conhece minha aminha Grekus?

Todo encabulado, Grekus não sabe o que responder e Saori responde sorrindo:
- Estou brincando Grekus.

Todos sorriem e Saori explica:
- Conversei muito com Keiko, ela é incrível, agora temos mais uma Amazona de Ouro. E não é só isso, o pai de Keiko está ótimo, já passou pelo médico que temos no Santuário.

Enquanto Saori fala, Grekus e Keiko se olham, o cavaleiro de Capricórnio percebe o quanto sua amiga está feliz e Saori completa:
- Keiko, como falei para você, vá até Marin para começar seu treino e mais tarde conversamos novamente.

Saori abraça Keiko e Amazona pede licença a todos, e sai pela porta principal. Enquanto Keiko sai, Saori explica sobre Keiko:
- Keiko sempre foi uma guerreira, desde pequena cresceu sem mãe e foi criada pelo pai. Mas bem..., Grekus vamos conversar sobre a sua missão?

Grekus responde:
- Sim senhorita Saori. Mestre, com licença.

Saori fala de forma irônica:
- Com licença Mestre.

O Mestre sorri e balança positivamente com a cabeça, enquanto os dois vão se distanciando, o Mestre observa e reflete, o que é mais difícil: Ser mestre do Santuário ou ser Mestre de Grekus?

Nesse instante o Mestre volta a olhar pela grande janela e começa pensar em toda a sua trajetória, no seu treinamento, no seu saudoso Mestre, em suas responsabilidades, em sua esposa e no seu discípulo, e fala para si mesmo:
- Que pena o senhor não está mais aqui, Mestre Ancião.

Shiryu está pensativo e olha para o horizonte, não mais como Cavaleiro de Dragão, porém como Cavaleiro de Ouro de Libra e Mestre do Santuário. Sua preocupação não é apenas com o Santuário, mas também com Grekus, o Cavaleiro de Capricórnio foi criado como um filho, e não só isso, também o treinou, ensinando tudo o que o Mestre Ancião o ensinou.

Nesse momento Shiryu começa a se lembrar de como Shunrei e ele conheceram Grekus, foi a 14 anos atrás, quando o Cavaleiro de Ouro tinha 8 anos...

Shiryu e Shunrei estão andando em uma rua ao redor do Santuário, e ela diz:
- Vamos logo Shiryu, a senhorita Saori disse que o orfanato é no final dessa rua, não posso me atrasar para a entrevista de emprego.

Shiryu responde:
- Mas Shunrei, a Saori disse que o emprego é seu, não precisamos andar rápido assim.

Shunrei olha para um grande casarão, sorri e diz:
- É aqui!

Sem esperar Shunrei toca a campainha, uma funcionária abre a porta e pergunta:
- Pois não, em que posso ajudar?

Shunrei explica:
- A senhorita Saori me indicou para a entrevista de emprego.

A funcionária responde:
- Entrevista? Mas a senhorita Saori falou que você é perfeita para a vaga, então, a vaga é sua.

Shunrei olha para Shiryu sorrindo de felicidade, ambos entram e veem várias crianças brincando, algumas em brinquedos e outras no pátio próximo. Vendo isso, Shiryu lembra de sua infância no orfanato da fundação Kido, e explica:
- Isso me faz lembrar de quando era criança, não tínhamos pai ou mãe, porém, éramos felizes, brincando uns com os outros como se fossemos irmãos, depois tive a sorte de ser criado pelo Mestre Ancião.

Shunrei também comenta:
- Eu também não tive pai e nem mãe, mas tive a alegria de ser criada pelo Mestre, e agora, estou muito mais feliz de poder trabalhar com essas crianças.

A funcionária os chamam:
- Venham! Vamos conhecer o orfanato.

Mostrando o local, todas as crianças estão muito felizes e brincando, mas observando, uma criança chama a atenção de Shiryu, diferente das outras ela está em uma sala que aparenta ser uma biblioteca pequena, está sozinha lendo um livro. Ele fica curioso e pergunta para a cuidadora:
- Com licença, aquele garoto que está sozinho ali, está de castigo?

Shunrei olha e diz:
- Ai que dó Shiryu!

Mas a funcionária responde:
- Não! Ele não está de castigo, está lendo, não gosta de brincar com outras crianças, adora ler livros.

Shunrei fica com dó do menino, e pergunta:
- Shiryu vamos falar com ele? Parece tão sozinho...

A funcionária olha para a cozinha que fica próximo dali e diz:
- Só vou verificar se está tudo pronto para o almoço, assim aviso as crianças, mas pode ir lá, o nome dele é Grekus.

O garoto tem por volta de 8 anos, adora ler livros e ficar sozinho, Shiryu e Shunrei entram na biblioteca, Shunrei se aproxima e se abaixa, olha para o garoto escondido atrás do livro e pergunta:
- Oi? Tudo bem? Qual é seu nome?

O garoto olha por cima do livro e os olhos de Shunrei e de Grekus se cruzam, porém o garoto se esconde novamente e não responde, Shunrei olha para Shiryu com cara de dúvida, Shiryu coloca as mão no joelho e fala para o garoto:
- Oi amiguinho, você não gosta de brincar com outros garotos?

Mas o garoto não responde, nesse momento a funcionária volta e aparece na biblioteca e chama:
- Vem Grekus! O almoço está pronto!

Nesse momento o garoto se levanta e sai correndo para fora da sala indo atrás da cuidadora, Shunrei se levante e sorri vendo Grekus correr, ao passar por Shiryu ele esbarra levemente em seu braço direito, com isso a energia da Excalibur que habita em Shiryu reage formigando seu braço, Shiryu abre a mão e não entende o que está acontecendo.

Após o ocorrido, Shiryu disfarça e os dois continuam conhecendo o local, Shunrei está muito feliz e ansiosa para começar na mesma semana o novo emprego, já que ela adora crianças, além do mais, alguns anos atrás o casal descobriu que infelizmente não podem ter filhos. Mais tarde, na madrugada, Shunrei está dormindo, porém Shiryu não consegue, fica pensando no que aconteceu pela manhã. Ele vai para fora do seu aposento localizado dentro do Santuário e observa as estrelas, e reflete:
- O que foi aquilo hoje de manhã? Será que Shura ou a armadura de Capricórnio querem me dizer alguma coisa?

Porém, os questionamentos continuam e para buscar respostas às suas dúvidas, Shiryu resolve ir até a Casa de Capricórnio, por meio de caminhos e atalhos, chega a ela, quase no meio da sala, há uma estátua de Atena entregando uma espada a um cavaleiro, essa estátua foi reconstruída após a batalha de Shiryu e Shura, próximo a ela está a Armadura de Capricórnio.
Shiryu se aproxima e fica alguns minutos em silêncio, depois de um tempo Shiryu desabafa:
- Não sei o que fazer, acho que tive um sinal da Excalibur, então, por favor Shura, por favor Armadura de Capricórnio, me mostrem se o garoto é um escolhido.

Shiryu fica ali por alguns minutos, porém, nada acontece. Então, Shiryu se ajoelha e coloca as duas mãos ao chão e pedi:
- Por favor, por favor...

O Cavaleiro de Libra se questiona:
- Será que estou sendo um bom Mestre do Santuário? Brigas, conflitos entre Cavaleiros, Cavaleiros Renegados, Armaduras de Ouro sem escolhidos.

Todos esses pensamentos levam Shiryu às lágrimas, neste momento a Armadura de Capricórnio começa a brilhar, não só ela, mas também o braço direito de Shiryu, o mesmo braço em que Shura, antes de morrer passou para Shiryu a Excalibur, levantando e olhando para sua mão e para armadura, Shiryu entende que aquilo é um sinal e que o garoto é o escolhido para ser o novo Cavaleiro de Capricórnio. Shiryu enxuga suas lágrimas e agradece:
- Obrigado Capricórnio, obrigado Shura.

No dia seguinte, Shiryu e Shunrei estão tomando o café da manhã e o cavaleiro pergunta:
- Shunrei, você se lembra do garoto da biblioteca do orfanato?

Shunrei responde com expressão de dúvida:
- Sim, lembro, o Grekus! Você também ficou com pena dele?

Shunrei olha para o chá que está tomando e comenta:
- Achei ele tão sozinho.

Shiryu sorri e explica:
-  Naquele dia aconteceu algo curioso, quando o garoto passou por nós ele esbarrou em meu braço e a energia da excalibur que habita em mim, reagiu...

Shunrei fica curiosa e pergunta:
- Reagiu? Como assim reagiu?

Shiryu continua a explicação:
- Isso normalmente acontece, quando a armadura encontra um escolhido, alguém que pode usá-la, como a excalibur é uma extensão da Armadura de Capricórnio. deduzi que o garoto poderia ser um escolhido, indo até a Armadura de Capricórnio tive a confirmação sobre Grekus, e ele é um escolhido. 

Ao ouvir isso Shunrei fica curiosa, mas com algumas dúvidas, e pergunta:
- Nossa! Mas, o que vai acontecer com Grekus? 

Shiryu se aproxima e segura nas mãos de Shunrei, ela não entende muito bem e Shiryu explica:
- Shunrei, um dia devo passar a energia da excalibur ao próximo Cavaleiro de Capricórnio, sinto que...

Shiryu faz uma pausa e tem dificuldade de prosseguir, então, Shunrei o incentiva:
- Você sente que... 

Shiryu toma coragem e fala:
- Sinto que devemos adotá-lo.

Shunrei arregala os olhos, solta das mãos de Shiryu e se levanta e anda vagarosamente até a janela, lá tem vasos de flores que Shunrei observa, Shiryu fica sem saber oque fazer, pois não esperava a reação de sua amada. Depois de alguns segundos, Shunrei vira-se com lágrimas nos olhos e pergunta:
- Então..., eu vou ser mãe? Mãe do pequeno Grekus? 

Shiryu levanta e balança a cabeça positivamente, Shunrei corre em sua direção e o abraça. Depois de alguns dias, já trabalhando no orfanato, chega a hora de falar para o pequeno Grekus que ele será adotado, Shunrei não havia contado a ele, ainda mas foi inevitável a aproximação ao longo deste tempo trabalhando. Como é de costume o garoto está na biblioteca lendo, Shiryu e Shunrei entram, ela se abaixa na altura do garoto e pergunta:
- Oi Grekus? Como você está?

Grekus abaixa um pouco o livro, olha sobre e responde:
- Eu tô bem tia.

Shunrei troca um olhar com Shiryu, respira fundo e continua:
- Eu e o tio Shiryu queríamos te contar uma coisa...

Shunrei faz uma pausa, sente o coração acelerar, toma coragem e pergunta:
- Você gostaria de morar com a gente? Ser parte da nossa família?

Grekus se esconde novamente atrás do livro e responde:
- Tipo... pra sempre?

Shiryu se aproxima, ajoelha ao lado de Shunrei e diz com calma:
- Sim, pra sempre!

O silêncio toma a sala por um instante, Grekus abaixa o livro vagarosamente, olha para os dois, seus olhos marejam, porém ele tenta esconder, fecha o livro devagar e pergunta com a voz baixa:
- Mas... por quê eu?

Shunrei sorri, com os olhos também úmidos:
- Porque as estrelas e o meu coração te escolheram!

Grekus solta o livro, e abraça Shunrei e Shiryu.

Passado vários meses após a adoção, a vida do casal muda completamente, Grekus se divide nas leituras com Shunrei e nos treinamentos com Shiryu, tudo que o Mestre Ancião o ensinou é passado para Grekus, aos poucos o Santuário se torna o lar Grekus, soldados e cavaleiros curiosos gostam de ver o treinamento de Grekus, pois fazia muito tempo que não surgia um aspirante a Cavaleiro de Ouro.
Antes da adoção de Grekus, foi construído uma pequena biblioteca no Santuário, Shiryu havia começado a escrever livros relatando todas as batalhas e acontecimentos que havia ocorrido com os Cavaleiros de Atena, para que as histórias de superação passassem de geração para geração, quando mostrou isso a Grekus, o jovem ficou fascinado e começou a escrever os relatos que Shiryu lhe contava.
Alguns anos se passam e os treinos ficam mais intensos e a curiosidade de Grekus também, agora com 13 anos, anda com um caderninho fazendo anotações e perguntando para outros Cavaleiros sobre histórias do passado, depois as transcrevem para os livros.
Seiya, Hyoga e Marin gostam de contar as histórias, até mesmo ensinamentos e golpes são ensinados a Grekus, porém com Shina é mais difícil, por algumas vezes o jovem tem de correr da Mestra por irritá-la com tantas perguntas. Devido ao aprendizado recebido dos Cavaleiros Lendários, Grekus os chamam de Mestres, porém, apenas Kiki que não..., desde de sua chegada ao Santuário, Grekus e Kiki se tornaram grandes amigos, o Cavaleiro de Áries se tornou quase que um irmão mais velho do Cavaleiro de Capricórnio.
Agora com 18 anos, Grekus está quase completando seu treinamento. Shiryu desce as escadas do Santuário e de repente sente seu braço direito queimar e brilhar como o sol, o Mestre se lembra da última vez que isso aconteceu, foi anos atrás, quando estava diante da Armadura de Capricórnio a questionando sobre o pequeno Grekus, então ele raciocina:
- Chegou a hora!

Shiryu corre na direção das montanhas, Grekus está treinando naquela região. Ao chegar, o Cavaleiro de Capricórnio está destruindo e cortando pedras com as mãos, Grekus observa que seu Mestre se aproxima com uma fisionomia séria, Shiryu assenti com a cabeça e fala:
- Chegou a hora Grekus.

Grekus faz uma referência a Shiryu e pergunta:
- Hora? Como assim Mestre?

Shiryu estende a mão direita e explica:
- A Excalibur quer habitar no verdadeiro dono.

Grekus olha para o braço direito do Mestre que brilha, sente um frio que vem de sua espinha, e percebe que está com medo:
- Mas... será que estou pronto para isso?

Shiryu sorri e diz:
- Claro que está filho, não conheço ninguém mais preparado, você tem a paz, serenidade e a justiça, Shunrei te passou todo amor e carinho, e eu te passei toda sabedoria que meu Mestre ensinou.

Lágrimas começam a surgir em ambos, Grekus estende a mão direita e segura a mão de Shiryu, ao tocá-la um grande impacto acontece, uma grande luz ilumina todo local, no Santuário, exatamente na Casa de Capricórnio, a armadura começa a ressoar e sobe como um raio, todos cavaleiros e soldados que estão no Santuário veem a luz subindo até o céu e descendo na direção das montanhas, Atena está no grande salão e olha pela janela e sorri, pois entende o que está acontecendo. Nas montanhas a armadura se aproxima e Grekus é elevado ao céu, ela se desmonta e começa a se conectar ao Cavaleiro, ao descer a armadura reluz como sol e Grekus é o novo Cavaleiro de Ouro de Capricórnio. Shiryu fica emocionado, coloca a mão no ombro de Grekus e diz:
- Lembre-se Grekus, a justiça sempre será justiça.

Retornando no tempo atual...

Saori e Grekus estão próximos a grande estátua de Atena, um pouco distante está a ajudante de Saori a esperando e carregando uma pequena caixa, Atena olha para o horizonte, o Cavaleiro de Capricórnio inicia uma explicação:
- Senhorita Saori, peço desculpa pelo...

Porém, Saori o interrompe:
- Desculpas? Não peça desculpas Grekus, sua missão foi muito bem sucedida, a ideia de utilizar a Rosa dos Ventos como bússola deu certo.

Saori faz uma pausa, aparentando estar cansada e completa:
- Retornou com a Armadura de Peixes e seu escolhido, há momentos que devemos seguir nosso coração e foi isso que você fez. Por isso, devemos continuar a missão.

Grekus fica surpreso e pergunta:
- Continuar?

Saori olha para o Cavaleiro de Capricórnio e responde:
- Sim, ainda não descobrimos por que as armaduras de: Touro, Gêmeos, Câncer, Virgem e Peixes saíram do santuário. Porém, com o sucesso da missão, você tem minha permissão para procurar a próxima armadura.

O Cavaleiro de Capricórnio ainda inseguro, explica:
- Senhorita Saori, tudo que sei sobre a Rosa dos Ventos estava no livro que encontrei na biblioteca do Santuário, mas não consegui mais informações.

Saori olha para sua ajudante e faz um gesto a chamando, ao se aproximar pedi:
- Raly, abra a caixa por favor. Grekus a Rosa dos Ventos, por favor.

Grekus abre a mão, e dela surge a Rosa dos Ventos, o artefato que utilizou para encontrar a Armadura de Peixes. Atena coloca a mão dentro da caixa e puxa algo, puxa uma adaga dourada, a mesma adaga que Saga há muitos anos atrás tentou assassiná-la quando bebê. Com a ponta da adaga, Atena faz um pequeno furo no próprio dedo e pinga uma gota de sangue na Rosa dos Ventos, isso faz o artefato brilhar, ventos começam a soprar e o ponteiro aponta para o noroeste. Desta forma, o Cavaleiro de Capricórnio já sabe para onde ir, porém antes Atena enfatiza:
- Lembre-se, mantenha contato com o Kiki, pois você não está sozinho. Então, antes de ir para sua missão... fale com Kiki, por favor.

O Cavaleiro de Capricórnio responde:
- Sim Atena.

Atena:
- Boa sorte Grekus.

Grekus agradece confirmando com a cabeça e desce as escadas em direção ao salão principal, mas no caminho algo vem o incomodando em pensamentos:
- Atena aparentou estar um pouco abatida... será que está bem?

Ao chegar ao salão principal, o Grande Mestre não está presente. Grekus sai para fora e, em vez de encontrar Shiryu, avista duas amazonas paradas no topo da escadaria. Ele as conhece bem, ambas lhe ensinaram muitas coisas no passado. Antigamente, eram conhecidas como Marin de Águia e Shina de Cobra. Hoje, porém, são Amazonas de Ouro: protetoras das Casas de Leão e de Escorpião, agora chamadas Marin de Leão e Shina de Escorpião.
Ao se aproximar, Shina o questiona:
— Grekus, poderia nos contar o que aconteceu no Japão? E o que houve com Mertus de Cão Maior?

Grekus se mostra um pouco receoso, mas sabe que não tem outra opção. Respira fundo e começa a explicar o ocorrido:
- Muitas coisas estranhas aconteceram enquanto eu estava no Japão.
A primeira: Mertus estava usando a Armadura de Peixes. Mas, aparentemente, ela estava sendo forçada... controlada por algum poder oculto que eu não consegui identificar.
A segunda: depois que consegui remover a armadura de Mertus... ele simplesmente pegou fogo, de dentro para fora.
E não foi só ele, todos os membros da organização criminosa que o ajudava também tiveram o mesmo destino.

Shina ouvi tudo e quando Grekus termina, ela explica um fato:
- No dia seguinte que você voltou, fui até o Japão, onde você achou a Armadura de Ouro, vasculhei todos os hangares a procura de pistas, e em um deles encontrei a armadura Cão Maior.

Grekus fica surpreso e expresa:
- A armadura de Cão Maior? Eu... eu... não pensei em procurá-la...

Shina se irrita e retruca:
- Não pensou? Como não pensou?

A Amazona de Escorpião coloca o dedo indicador no peito de Grekus e fala:
- Você é um Cavaleiro de Ouro, esse tipo de desculpa é inaceitável, poderia ter pedido apoio, mas não, quis resolver tudo sozinho.

Grekus segue em silêncio e Shina continua:
- Encontrei a armadura, porém estava morta... Kiki a avaliou, e nem mesmo o sangue de Atena poderia salvá-la.

O Cavaleiro de Capricórnio fica cabisbaixo e reflete em pensamento:
- Nas histórias que conheci, o sangue dos Cavaleiros ou de Atena foram responsáveis por restaurar diversas vezes as armaduras, porém, uma armadura sem salvação, nunca tinha ouvido falar.

Shina dá de ombros, se afasta um pouco e finaliza:
- Quem sabe Grekus, se você tivesse nos avisado, poderíamos ter salvado a Armadura de Cão Maior.

Shina enfurecida deixa Marin e Grekus ali, a amazona percebe que o Cavaleiro de Capricórnio está abalado com as palavras de Shina e tenta confortá-lo:
- Lembre-se Grekus, você recebeu o conhecimento e treinamento de um dos maiores cavaleiros que já existiu, esse conhecimento veio do lendário Mestre Ancião.

Marin coloca a mão no ombro de Grekus e completa:
- Você tem sabedoria, acredite em seu cosmo. Entendeu? No seu cosmo.

Grekus sorri de forma tímida e responde:
- Obrigado mestra.

Após o conselho, o Cavaleiro de Capricórnio pede licença e desce as escadas, Marin o observa pensativa:
- Um dia Grekus, vai entender...

Indo por atalhos, Grekus chega na casa de Áries, logo na entrada o cavaleiro avista o Kiki que fala ironicamente:
- Ora, ora, se não é o Cavaleiro de Ouro de Capricórnio..., a espada solitária!

Grekus se aproxima, fecha a fisionomia e responde:
- Ah não! Você não Kiki! Já levei um sermão do meu mestre, da mestra Shina e da mestra Marin... não me venha você também...

Kiki sorri:
- HAHAHAHA, uma pena não ter visto isso, HAHAHAHA!

O Cavaleiro de Capricórnio responde:
- Por isso, não te chamo de mestre... mas, falando sério, Atena me ordenou procurar a próxima armadura, já que a primeira missão deu certo.

KIki fica surpreso, porém frisa:
- Você já sabe... quando chegar em seu destino, me avise, para que possamos saber sua localização e quando necessário abrir o portal para te puxar.

Grekus:
- Ok, ok, ok...

O Cavaleiro de Capricórnio abre a palma da mão, uma luz surge e a Rosa dos Ventos surge, olhando para ela, sua seta aponta para o noroeste, Grekus se prepara para ir, porém escuta alguém o chamando:
- Filho! Filho! Espera!

Ao olhar, o Cavaleiro de Ouro vê sua mãe Shunrei vindo em sua direção de forma apressada, junto a ela também Shiryu. Ao se aproximar ela o abraça fortemente e fala:
- Seu pai falou que você vai para uma nova missão, mas você acabou de chegar filho.

Grekus olha para sua mão e responde:
- Não se preocupe mãe, agora compreendo melhor a Rosa dos Ventos, vai ser mais fácil.

Shiryu tem um pressentimento, com isso aconselha:
- Tome cuidado Grekus, ainda não sabemos exatamente o que aconteceu com Mertus...

Shunrei ouve o que Shiryu falou e fica ainda mais apreensiva, olha para o Cavaleiro de Libra e pergunta:
- O que aconteceu Shiryu? Quem é Mertus?

Grekus e Shiryu olham um para o outro e desconversão, não sabem muito bem o que dizer, Kiki percebendo a situação pergunta a Shiryu:
- Shiryu, o que é isso que está carregando?

Porém, quem responde é Shunrei:
- Ah! Essa é uma marmitinha que fiz para Grekus levar, veja como ele está magro.

Grekus fica vermelho e questiona:
- Mãe, como vou levar isso? Não tem como levar!

Shunrei olha nos olhos do filho, e segurando suas mãos pedi:
- Por favor filho, você não pode ficar sem comer!

Kiki segura o riso e sarcasticamente fala:
- Já sei, só um segundo...

Kiki utiliza seu poder de teletransporte e desaparece, após alguns segundos reaparece. Ao reaparecer, está segurando uma bolsa da cor rosa da Hello Kitty. Segurando o riso:
- Olha, tenho essa bolsa da minha aprendiz, posso te emprestar...

Grekus olha para Kiki com raiva, porém tenta disfarçar perto de sua mãe, Shunrei olha para a bolsa e admirada diz:
- Filho, ela é perfeita! Deixa eu colocar a marmita aqui e vai ficar certinho...

A mãe de Grekus pega a bolsa, a abre e começa a arrumar a pequena marmita de seu filho:
- Pronto filho! Você pode até colocar nas costas.

Shunrei estende o braço segurança a bolsa para Grekus pega-lá, o cavaleiro olha para sua mãe e não consegue dizer não, pega a mochila e coloca uma alça no ombro esquerdo. Ao olhar para Kiki e seu pai, ambos estão segurando o riso e o cavaleiro diz:
- Agora tenho que ir.

Shunrei abraça Grekus bem forte e pedi:
- Tome cuidado filho, vou rezar por você...

Grekus a abraça, pois sabe que sua mãe fica muito preocupada com ele, Shiryu se aproxima, coloca a mão no ombro de Grekus e diz:
- Boa sorte Grekus, lembre-se, você não é uma espada solitária.

Shunrei solta de Grekus demonstrando estar brava e fala:
- Shiryu não chama ele assim, chame ele de filho, por favor!

Shiryu fica espantado e se explica um pouco sem graça:
- Mas é o próprio Grekus que não quer que eu chame de filho...

Grekus também fica espantado, pois é muito difícil ver sua mãe brava e responde:
- Calma mãe, depois te explico o porquê.

O Cavaleiro de Capricórnio se posiciona e agradece:
- Obrigado mãe, obrigado mestre. Kiki, logo, logo te informo minha localização.

Kiki sorri e confirma com a cabeça. Grekus abre a mão direita e a Rosa dos Ventos surge, o instrumento aponta para o noroeste, o cavaleiro olha para seu destino, salta em direção a um terreno elevado e corre em busca da próxima Armadura de Ouro. De outro ponto mais alto do Santuário, Shina observa Grekus se distanciando e reflete:
- Desculpe Grekus, um dia você vai entender... 

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